[Toranja-005] Quem? Eu?
Chegamos ao final do primeiro mês da Toranja! Que maravilha estarmos aqui juntos. Obrigada a quem topou se experimentar e se experienciar conosco. :)
Esperamos que esse processo esteja lhes trazendo descobertas sobre você e sobre o mundo. Afinal, criar é sempre um misto de experimento, descobrir algo novo de fora através da observação, e experiência, obter conhecimento de dentro através da vivência.
Assim a arte, ao mesmo tempo que fala do mundo, é totalmente dependente do ponto de vista de quem a cria, totalmente vinculada a você.
E se você não fosse você? Se ao invés de observadora, você fosse o objeto da sua arte? Taí algo interessante com o que a gente pode brincar.
EXERCÍCIO #5
Esse é um exercício bem louco. Recomendamos que o faça sozinha e, caso se sinta estranha durante ele, pare, dê um tempo e se recomponha. A ideia é começar um leve processo de desassociação onde você vai começar a se sentir fora de você e se tornar objeto da sua própria criação.
Como funciona: escolha um cômodo da casa onde não tenha ninguém e comece a chamar seu próprio nome. Se puder, fale alto, como se estivesse chamando uma outra pessoa mesmo.
Faça isso por alguns minutos até começar a sentir que não está falando o seu nome, mas o de alguém que não é você. Não disse que ia ser louco? Pra quem já teve a oportunidade de folhear ou mesmo ler o Grapefruit, livro que inspira essa newsletter, esse exercício é muito Yoko Ono!
Quando sentir esse estalo, pare, e comece a criar, usando essa “pessoa” que estava chamando como o objeto de sua criação. Quem é essa pessoa? Quais são seus sonhos e objetivos? Quais são os seus problemas e desafios? Conte ou represente uma história ou momento da vida dessa “outra” em texto, áudio, imagem ou video.
Descubra, dentro dessa outra, quem você é quando deixa de ser a criadora para se tornar o objeto da criação.
ANTERIORMENTE EM TORANJA…
Semana passada, desafiamos você a se portar como uma inteligência artificial e criar com base em estímulos aleatórios. E as criações que chegaram a até nós nada tiveram de randômicas.
A Elaine, por exemplo, foi rápida e jogou nos comentários da postagem:
Não adianta citar de cor versículos da Bíblia, gemer implorando perdão ou tomar banho nas águas bentas. São suas obras que contam, do ventre materno ao último suspiro, a história da sua vida.
As imagens fortes e o peso das palavras não dão a menor pista que a inspiração veio de 4 palavras, teoricamente, aleatórias de um jogo da internet. Será que em nossas criações não estamos sempre tentando dar sentido a estímulos não relacionados que aparecem nas nossas vidas? Fica a reflexão.
Por falar nisso, alguém consegue adivinhar as palavras que ela sorteou? Eu não consegui, talvez vocês tenham melhor sorte.
SEMENTES…
A partir dessa edição teremos uma nova seção para compartilhar dicas e notícias que podem ser de interesse da comunidade. Caso queira contribuir, manda pra gente por email sua dica. ;)
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BONA TO VADA!
E até a próxima experiência!